Loucura, por Anais Nin

”O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não lhe consegui resistir. Enfrentei meus sentimentos. A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal. Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas. Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela. 
Eu estava em espera, esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. 
Tudo o resto foi uma preparação. A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direcções. Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."

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